A lombalgia é a causa mais frequente de consulta médica em todo o mundo. A maioria dos casos é benigna, porém cerca de um em cada dez paciente evoluirá para um quadro crônico, e isso afeta diretamente a qualidade de vida.
Lombalgia significa dor lombar, dor na parte baixa da coluna e essa dor pode acontecer por inúmeras causas, sendo assim importante o diagnóstico correto para que o devido tratamento seja realizado. Saiba mais.
O que é Lombalgia?
As dores na coluna estão se tornando cada vez mais frequentes, afetando não só pessoas de maior idade, como também indivíduos mais jovens, incluindo crianças e adolescentes.
Estima-se que entre 65% e 80% da população mundial desenvolverá dor nas costas em alguma fase da vida. E, no Brasil, esse tipo de dor é a segunda maior causa de afastamentos do ambiente de trabalho.
A lombalgia é a dor que acontece na região lombar baixa. Ela pode ser dividida de acordo com o tempo de apresentação:
- Aguda: quando a duração da dor é menor que três semanas. Geralmente a dor é forte e surge pontualmente, ou seja, o paciente lembra bem do momento que a dor começou, ou o que fez para a dor ter começado. Descrita por alguns pacientes como o conhecido “mau jeito” na coluna. Essa dor pode descer pelas nádegas e chegar até o pé, percorrendo a parte de trás das pernas.
- Subaguda: quando a duração da dor é de um a três meses. Também pode ser de forte intensidade. Frequentemente está relacionada com sobrecarga física, má postura, execução de atividades repetitivas de forma errada.
- Crônica: quando a duração da dor é maior que três meses. Pode ter começado tão leve que o paciente não lembra o que desencadeou. A dor lombar crônica é preocupante, pois as doenças que podem ser a causa dessa dor tem que ser identificadas corretamente para garantir o sucesso no tratamento.
Na maioria das vezes, a dor desaparece espontaneamente, e apenas 5% dos pacientes continuam sofrendo com os sintomas.
O que causa a Lombalgia?
Há diversas possíveis causas para o desenvolvimento da lombalgia. No entanto, o principal fator desencadeante é a postura.
Maus hábitos posturais, seja para sentar, deitar, carregar peso, se exercitar, ao serem repetidos dia após dia, trazem prejuízos à coluna, especialmente na região mais baixa da coluna, a lombar.
Além da questão postural, outros fatores de risco valem ser citados:
- Esforços repetitivos;
- Execução errada de exercícios físicos (especialmente musculação);
- Traumas (mesmo que mínimo);
- Fratura, seja por um trauma ou mesmo sem trauma, como na osteoporose;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Sedentarismo;
- Inflamações/infecções;
- Hérnias de disco;
- Artrose;
- Escorregamento (deslizamento) de uma vértebra sobre a outra;
- Questões emocionais.
Sintomas da Lombalgia
O primeiro sinal de uma lombalgia é a própria dor na região mais baixa da coluna, na altura da cintura. Essa dor pode começar de uma forma mais branda e depois ir se intensificando com o passar dos dias, chegando a irradiar para outras partes do corpo (geralmente nádegas e pernas, podendo chegar até o pé).
Além da dor, outros sintomas podem aparecer associado ao quadro de lombalgia:
- Febre;
- Rigidez ao se levantar pela manhã;
- Dores mais fortes durante a noite;
- Perda de peso repentina;
Existem os sinais de alerta para a lombalgia, ou seja, quando o paciente apresentar um desses sinais, essa lombalgia deve ser bem investigada, na busca do diagnóstico correto, pois a dor pode estar sendo causada por doenças graves, crônicas, que podem piorar o quadro do paciente se não tratada corretamente.
Os sinais de alerta são:
- Febre;
- Perda de peso;
- Dor que acontece no período da noite;
- Dor que causa claudicação: dificuldade para andar;
- Dor com duração maior que três meses;
- Sensação de coluna rígido, travamento ao levantar pela manhã, ou após algum período em repouso;
- Uso de corticoides;
- Paciente imunossuprimido, ou seja, que faz uso de alguma medicação que baixa a imunidade.
Diagnóstico
O reumatologista analisará o histórico médico e fará um exame físico para identificar os sintomas do paciente. Ele também pode solicitar exames complementares, que serão definidos após a avaliação do paciente, como raios-x, tomografia computadorizada, ressonância magnética, entre outros.
Como é o tratamento?
O tratamento é focado em dois pontos principais. O primeiro é o tratamento da dor e o segundo é o tratamento da causa da dor.
Para o controle da dor pode-se usar analgésicos, opiodies, anti-inflamatórios, miorrelaxantes, corticoides, entre outros.
Além da terapia medicamentosa, o médico também pode recomendar intervenções não medicamentosas para evitar episódios futuros, como a prática de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular, reeducação postural, fisioterapia, acupuntura, terapia cognitivo-comportamental e infiltração – cada procedimento é indicado de acordo com a causa da dor que for identificada naquele paciente.
Os casos cirúrgicos são raros, sendo necessário algum procedimento em apenas 1 a 2% dos pacientes. O tratamento associado a mudanças nos hábitos de vida costuma ser suficientes para a recuperação completa do paciente.
Buscando Ajuda Médica
A presença de algum dos sinais de alerta, ou mesmo dor persistente na coluna, na região mais baixa dela, mesmo que inicialmente leve, deve ser investigada pelo médico. Se notar mudanças na sua saúde, sempre procure assistência médica o quanto antes.